Uma Outra Vida

Quando por fim me acha, essa saudade me domina, me arrasta. Me tira do sério, enche minha taça. Me leva pelo verão, amarra meu coração. Desafia minha dor, desfia o prazer do amor. Entrega minha vitória ao som de uma canção, humilha minha glória no panteão. Elegante e galante, carrega um samba empolgante. Me batuca na mão, me leva no pé. Arrasta pelas ruas uma facção e engana a polícia com um bastão. Abriu a porta devagar, para traiçoeira entrar. Foi meu próprio coração que ela usou, pra deitar e adormecer. Eu então duvidei, paguei pra ver. Levei um verão, conduzi multidões. Vi negociações e arrastei foliões. Me levei pela própria avenida, soltando estouros e serpentinas. Me conheci nesse clima, de ouro e platina. Nessa ideia de veraneio, nesse clima de Janeiro.

Esta entrada foi publicada em Uncategorized. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário