Noites – XV

A noite vem até a mim como um silêncio estrondoso
Cola em mim, esfrega em mim o seu azul-poderoso
A noite me faz pensar nos sorrisos que já conheci
Me faz delimitar os espaços que já vi
E que não estão mais aqui
Eu visto meu melhor rosto de esquecimento
E à mim, entrega-se o momento

A noite se esconde dentro de mim
Me faz deitar no chão e olhar o teto
Compreender que vivo na realidade
Mas durmo em meus sonhos
Onde o espaço se desfaz, eu toco o firmamento
Incendimento, desacoplamento, em movimento
De mim, só um fragmento

A noite faz eu esquecer de mim mesmo
E lembrar de todos os outros
E os outros, eles tem outros…

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